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Você já parou pra pensar há quanto tempo existe a dermatologia?

Provavelmente ela remonta aos primórdios da civilização egípcia, mas ela se oficializou mesmo como dermatologia moderna entre os séculos XV e XVI, na Europa. Nessa época, começou a surgir o interesse de estudar problemas de pele. Em 1797, foi escrito o primeiro livro-texto sobre dermatologia, pelo doutor Robert Willian.

Nesse contexto, aos poucos, a medicina começou a entender mais sobre a importância da pele, não apenas como uma proteção do corpo, mas também como o maior órgão humano.

No Brasil, a dermatologia iniciou trajetória em 1882, com a inauguração do primeiro Serviço Clínico de Doenças da Pele na Policlínica Geral do Rio de Janeiro.

Em 1912, nasceu a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), reconhecida como a terceira sociedade médica mais antiga do país. Hoje, ela conta com mais de 10.640 associados. O Dia do Dermatologista foi criado justamente em comemoração à fundação da SBD.

Um marco na constituição da especialidade foi o Congresso Mundial de Dermatologia, realizado em Paris, em outubro de 1889, no âmbito da exposição internacional comemorativa do centenário da Revolução Francesa, em que se inaugurou a Torre Eiffel, símbolo da pujança da indústria e da cultura francesas.

Entre os autores das setenta comunicações apresentadas no Congresso, presidido pelo venereologista Philippe Ricord, figuravam celebridades como Kaposi, Unna, Radcliffe-Crocker, Pringle, Boeck, Fournier, Besnier, Hallopeau, Brocq e Wickman.

A emergente dermatologia brasileira fez-se representar através de Silva Araújo – um dos integrantes do comitê de organização do evento – e ainda Pizarro Gabizo, Bruno Chaves, Oscar de Bulhões e Adolpho Lutz. Este discursou, como representante de São Paulo, no jantar de encerramento, a 10 de outubro, sob os clarões de uma invenção muito recente, as lâmpadas elétricas incandescentes de Thomas Edison.